João Taborda da Gama spoke of drug regulations to academic audiences in Portugal and in the USA.
.jpg)
States like Oregon and Colorado have recently relaxed laws concerning the possession and use of psychedelics and other substances, sparking considerable discussion across the USA as other states reconsider their own laws. The University of Wisconsin–Madison offers a course titled “Psychedelic Drugs in Science and Society,” and Professor Paul R. Hutson invited João to present to the course because Portugal, by contrast, has far more experience in navigating the balance between the risks and benefits of decriminalization – and João is broadly recognized as the foremost expert in Portugal.
During the month of April João spoke to the UW-Madison students about regulatory processes in the international field. He addressed the fundamentals of drug development, Portugal’s history of regulation and decriminalization, the FDA approval process and the DEA scheduling system in the United States - providing potential insight into how psychedelic drugs may be proposed for approval and rescheduling. In his presentations and in a live Q&A session, he helped students understand the history and rationale behind the regulation and prohibition of psychedelic compounds, comparing efforts to decriminalize cannabis and psychedelics and evaluating the advantages and disadvantages of each approach.
The course provided a comprehensive exploration of psychedelic substances from scientific, clinical, historical, and sociocultural perspectives. It is part of the curriculum in the Master of Science degree program “Psychoactive Pharmaceutical Investigation.” Prof. Hutson is Director of the UW Madison Transdisciplinary Center for Research in Psychoactive Substances and Faculty Leader of the Paul P. Carbone Comprehensive Cancer Center Cancer Pharmacology Laboratory.
And back here in Portugal, on 23 May, João spoke at a conference at the University of Minho entitled "New and old trends in the 21st-century drug landscape: uses and markets, contexts and regulations." His talk, "Between the clinic and the retreat: the law of psychedelic territories and futures," explores the main actors in the field, and the multiple perceptions of the use of psychedelics in both medical and non-medical settings. João will examine the regulatory tensions between the clinical setting and retreat settings: in the clinic, law is procedure — whereas in the context of retreats, which often operate in legal grey zones and emphasize personal growth or spiritual healing, law is limit and possibility.
João’s experience listening to and interpreting legal narratives of the vastly different “psychedelic territories” - hospitals, private clinics, ceremonies, retreats, and underground practices – provides the perspective of the sociology of law. This transcendent view is of particular value to academic audiences, both in Portugal and abroad.
___________________
Nesta primavera, João Taborda da Gama leva a sua experiência internacional na área da regulação das drogas a dois públicos académicos: um nos EUA e outro em Portugal.
Estados como Oregon e Colorado relaxaram recentemente a sua legislação relativa à posse e ao uso de substâncias psicadélicas, gerando um amplo debate nos EUA, enquanto outros estados reconsideram as suas próprias legislações. A Universidade de Wisconsin–Madison oferece um curso intitulado “Psychedelic Drugs in Science and Society” (“Drogas Psicadélicas na Ciência e na Sociedade”), e o Professor Paul R. Hutson convidou o João a apresentar uma sessão neste curso porque, em contraste, Portugal tem uma experiência muito mais vasta na gestão do equilíbrio entre os riscos e os benefícios da descriminalização – e o João é amplamente reconhecido como o maior especialista nesta área em Portugal.
Durante o mês de abril, o João falou aos estudantes da UW–Madison sobre os processos regulatórios no contexto internacional. Abordou os fundamentos do desenvolvimento farmacêutico, a história da regulação e da descriminalização em Portugal, o processo de aprovação da FDA e o sistema de classificação da DEA nos Estados Unidos – oferecendo uma perspetiva sobre como os psicadélicos poderão ser propostos para aprovação e reclassificação. Nas suas apresentações e numa sessão de perguntas e respostas em direto, ajudou os alunos a compreender a história e a lógica por trás da regulação e da proibição dos compostos psicadélicos, comparando os esforços de descriminalização da canábis e dos psicadélicos, e avaliando as vantagens e desvantagens de cada abordagem.
O curso oferece uma exploração abrangente das substâncias psicadélicas sob perspetivas científicas, clínicas, históricas e socioculturais. Integra o currículo do programa de Mestrado em Ciências “Psychoactive Pharmaceutical Investigation” (“Investigação Farmacêutica de Substâncias Psicoativas”). O Prof. Hutson é Diretor do Centro Transdisciplinar de Investigação em Substâncias Psicoativas da UW–Madison e Responsável pelo Laboratório de Farmacologia Oncológica do Paul P. Carbone Comprehensive Cancer Center.
Em Portugal, no dia 23 de maio, o João participou numa conferência na Universidade do Minho intitulada “Novas e velhas tendências no panorama das drogas do século XXI: usos e comércios, contextos e regulações”. A sua intervenção, “Entre a clínica e o retiro: a lei dos territórios e futuros psicadélicos”, explorou os principais atores neste campo e as múltiplas perceções do uso dos psicadélicos em contextos médicos e não médicos. O João analisou as tensões regulatórias entre o contexto clínico e dos retiros: na clínica, o direito é procedimento; enquanto que nos retiros, que muitas vezes operam em zonas cinzentas da legalidade e privilegiam o crescimento pessoal ou a cura espiritual, o direito é limite e possibilidade.
A experiência do João a escutar e interpretar as narrativas jurídicas dos mais diversos “territórios psicadélicos” – hospitais, clínicas privadas, cerimónias, retiros e práticas subterrâneas – oferece uma perspetiva da sociologia do direito. Esta visão transversal é de particular valor para audiências académicas, tanto em Portugal como no estrangeiro.